Brasil tem Paralimpíadas perfeitas e tem gargalo para subir ao top 3 em Los Angeles 2028; veja análise
Com todos os recordes batidos e a consagração de um trabalho de detecção de talentos espalhados pelo país, Brasil já busca preencher lacunas para tentar subir no quadro geral em 2028
Por Hot98 FM
10 de Setembro de 2024 às 11:09
Todos os recordes possíveis para o Brasil foram batidos nas Paralimpíadas: Com o maior número de ouros da história, total de medalhas superior a qualquer outra edição, e a melhor posição no quadro geral, o país encerra o ciclo entre as cinco potências das Paralimpíadas.
Foram 25 medalhas de ouro, número maior que as 22 de Tóquio, há três anos. O total de pódios foi de 89, ultrapassando com sobras as últimas marcas (72 medalhas em Tóquio 2021 e Rio 2016). A inédita quinta posição no quadro de medalhas por número de ouros e o quarto país que mais vezes foi ao pódio, coloca o Brasil em um patamar jamais alcançado.
O caminho do ciclo foi muito bem construído. A ótima utilização do Centro de Treinamento em São Paulo, um dos melhores do mundo, somado a detecção de talentos espalhados pelo Brasil nos centros de referências, faz com que o as medalhas sejam conquistadas por atletas de todas as regiões. Foram 18 estados, mais o Distrito Federal, que colocaram atletas no pódio em Paris.
Outro ponto importante foi a quase igualdade no número de medalhas entre homens e mulheres. Elas conquistaram um pouco a mais - 13 ouros, 12 pratas e 18 bronzes - contra 12 ouros, 13 pratas e 18 bronzes deles. Foram ainda três medalhas em provas mistas. Ter um número próximo de medalhas entre os dois naipes também é um avanço.
Os resultados durante os três anos de ciclo já deixavam claro que as Paralimpíadas de Paris seriam a melhor da história para o país. Foram centenas de medalhas nos Campeonatos Mundiais das mais diversas modalidades em 2022 e 2023, além de recordes nos Jogos Parapan-Americanos de 2023. O que se viu em Paris foi uma consequência do trabalho de três anos.
Claro que nem tudo foram flores. Algumas modalidades ficaram abaixo do esperado, casos do golbol e do futebol de cegos, que conquistaram "apenas" um bronze. A bocha ficou fora do pódio pela primeira vez em 20 anos, e o vôlei sentado saiu sem medalha depois de duas edições seguidas com o bronze no feminino.
Mas o desempenho fraco de alguns esportes mostra que há espaço para crescimento. O ciclismo, por exemplo, é a terceira modalidade que mais dá medalhas nas Paralimpíadas - são 51 ouros, 51 pratas e 51 bronzes em jogo - e o Brasil não conquistou nenhuma medalha. Os rivais no quadro se destacam bastante na modalidade: Holanda e França com 10 ouros cada, Austrália 4, EUA 4, Itália 1 e Ucrânia 1. Dos dez primeiros colocados no quadro geral, só o Brasil não teve títulos no ciclismo.
Há uma pretensão de o Comitê Paralímpico Brasileiro construir um velódromo no Centro de Treinamento, que fica em São Paulo. O local já abriga locais de praticamente todas as modalidades, mas ainda não tem um espaço para o ciclismo.
Outra questão são os esportes em cadeiras de rodas. O Brasil sequer disputou o basquete em cadeira de rodas e o rugby em cadeira de rodas. No tênis em cadeira de rodas e na esgrima em cadeira de rodas, a delegação não conseguiu medalhas em Paris. No atletismo, em que o Brasil conquistou 36 medalhas, apenas uma delas foi conquistadas nas corridas em cadeiras. E, nestas provas do atletismo, foram entregues 49 medalhas, 23 de ouro.
O Brasil é uma potência paralímpica consolidada desde 2008, quando entrou no top 10 do quadro geral pela primeira vez e não saiu mais. Os resultados de Paris colocam o Brasil no top 5 e, com a possível melhora em alguns pontos, dá para sonhar com o top 3.
Foram 25 medalhas de ouro, número maior que as 22 de Tóquio, há três anos. O total de pódios foi de 89, ultrapassando com sobras as últimas marcas (72 medalhas em Tóquio 2021 e Rio 2016). A inédita quinta posição no quadro de medalhas por número de ouros e o quarto país que mais vezes foi ao pódio, coloca o Brasil em um patamar jamais alcançado.
O caminho do ciclo foi muito bem construído. A ótima utilização do Centro de Treinamento em São Paulo, um dos melhores do mundo, somado a detecção de talentos espalhados pelo Brasil nos centros de referências, faz com que o as medalhas sejam conquistadas por atletas de todas as regiões. Foram 18 estados, mais o Distrito Federal, que colocaram atletas no pódio em Paris.
Outro ponto importante foi a quase igualdade no número de medalhas entre homens e mulheres. Elas conquistaram um pouco a mais - 13 ouros, 12 pratas e 18 bronzes - contra 12 ouros, 13 pratas e 18 bronzes deles. Foram ainda três medalhas em provas mistas. Ter um número próximo de medalhas entre os dois naipes também é um avanço.
Os resultados durante os três anos de ciclo já deixavam claro que as Paralimpíadas de Paris seriam a melhor da história para o país. Foram centenas de medalhas nos Campeonatos Mundiais das mais diversas modalidades em 2022 e 2023, além de recordes nos Jogos Parapan-Americanos de 2023. O que se viu em Paris foi uma consequência do trabalho de três anos.
Claro que nem tudo foram flores. Algumas modalidades ficaram abaixo do esperado, casos do golbol e do futebol de cegos, que conquistaram "apenas" um bronze. A bocha ficou fora do pódio pela primeira vez em 20 anos, e o vôlei sentado saiu sem medalha depois de duas edições seguidas com o bronze no feminino.
Mas o desempenho fraco de alguns esportes mostra que há espaço para crescimento. O ciclismo, por exemplo, é a terceira modalidade que mais dá medalhas nas Paralimpíadas - são 51 ouros, 51 pratas e 51 bronzes em jogo - e o Brasil não conquistou nenhuma medalha. Os rivais no quadro se destacam bastante na modalidade: Holanda e França com 10 ouros cada, Austrália 4, EUA 4, Itália 1 e Ucrânia 1. Dos dez primeiros colocados no quadro geral, só o Brasil não teve títulos no ciclismo.
Há uma pretensão de o Comitê Paralímpico Brasileiro construir um velódromo no Centro de Treinamento, que fica em São Paulo. O local já abriga locais de praticamente todas as modalidades, mas ainda não tem um espaço para o ciclismo.
Outra questão são os esportes em cadeiras de rodas. O Brasil sequer disputou o basquete em cadeira de rodas e o rugby em cadeira de rodas. No tênis em cadeira de rodas e na esgrima em cadeira de rodas, a delegação não conseguiu medalhas em Paris. No atletismo, em que o Brasil conquistou 36 medalhas, apenas uma delas foi conquistadas nas corridas em cadeiras. E, nestas provas do atletismo, foram entregues 49 medalhas, 23 de ouro.
O Brasil é uma potência paralímpica consolidada desde 2008, quando entrou no top 10 do quadro geral pela primeira vez e não saiu mais. Os resultados de Paris colocam o Brasil no top 5 e, com a possível melhora em alguns pontos, dá para sonhar com o top 3.