Padre que deixou Sabrina Carpenter filmar na igreja é destituído de funções

O padre de uma igreja na cidade de Nova Iorque, onde Sabrina Carpenter filmou seu videoclipe para "Feather", foi destituído de seus deveres nesta semana após autoridades eclesiásticas afirmarem que uma investigação revelou outros casos de má gestão.

O monsenhor Jamie Gigantiello foi retirado de "qualquer supervisão pastoral ou papel de governança" na Igreja Católica da Bem-Aventurada Virgem Maria em Williamsburg, de acordo com um comunicado divulgado pela Diocese Católica Romana de Brooklyn.

"Estou triste em compartilhar que investigações conduzidas pelas Alvarez & Marsal e Sullivan & Cromwell LLP descobriram evidências de graves violações das políticas e protocolos diocesanos na Paróquia de Nossa Senhora do Monte Carmelo - Anunciação", disse o bispo Robert Brennan no comunicado. "Para salvaguardar a confiança pública e proteger os fundos da igreja, nomeei o bispo Witold Mroziewski como administrador da Paróquia."

Gigantiello inicialmente foi criticado em novembro passado depois que Carpenter lançou o clipe para "Feather", que ela filmou em parte na Igreja Católica da Bem-Aventurada Virgem Maria. O padre foi rebaixado por permitir que Carpenter filmasse lá, com a diocese confirmando: "A paróquia não seguiu a política diocesana em relação às filmagens na propriedade da igreja, o que inclui uma revisão das cenas e do roteiro."

Na época, Gigantiello respondeu dizendo que estava chateado com o vídeo e ofereceu "sinceras desculpas" à igreja e seus paroquianos. Ele disse que concordou em permitir a filmagem do vídeo para "fortalecer os laços entre os jovens artistas criativos que compõem uma grande parte desta comunidade e a paróquia".

Uma investigação adicional foi lançada após a controvérsia do videoclipe revelar inadvertidamente que Gigantiello fez transferências financeiras não autorizadas para Frank Carone, um ex-assessor do prefeito de Nova Iorque, Eric Adams, que atualmente está sob investigação federal por acusações de corrupção, após ter sido indiciado em setembro.

Brennan disse que a investigação interna da igreja desenterrou outros casos de impropriedade administrativa, incluindo o uso por Gigantiello de um cartão de crédito da igreja para despesas pessoais "substanciais". Ele também transferiu 1,9 milhão dos fundos da paróquia para contas bancárias afiliadas a Carone. O escritório de advocacia de Carone devolveu 1 milhão dos fundos, junto com cerca de 9% de juros, porém, Brennan afirmou que Gigantiello não buscou aprovação prévia para as transações e não as documentou adequadamente.

No início deste outono, investigadores federais intimaram a igreja a respeito de "transações comerciais" entre Gigantiello e Carone. Na época, a Diocese Católica Romana de Brooklyn declarou estar "totalmente comprometida a cooperar com as autoridades em todas as investigações, incluindo condutas em paróquias individuais ou envolvendo qualquer padre."

Em setembro, Carpenter reconheceu seu papel na acusação de Adams durante um show no Madison Square Garden. Falando ao público, Carpenter fez referência às especulações sobre seu vídeo, dizendo: "Caramba, e agora? Deveríamos falar sobre como eu fiz o prefeito ser indiciado, ou..."

Adams foi acusado de acusações criminais federais, tornando-se o primeiro prefeito da cidade de Nova Iorque a ser acusado de delitos criminais enquanto estava no cargo. Ele foi atingido com cinco acusações no total: suborno; solicitação de contribuição por um estrangeiro (duas acusações); fraude eletrônica; e conspiração para cometer fraude eletrônica, suborno de programa federal e receber contribuições de campanha de estrangeiros.