Invicto em Paralimpíadas, Brasil busca o hexa no futebol de cegos
Sem saber o que é perder desde que a modalidade entrou no programa dos Jogos em 2004, seleção tem Turquia, França e China como rivais na chave; jogos serão na icônica Arena da Torre Eiffel
Por Hot98 FM
26 de Agosto de 2024 às 12:15
Hegemônica em Paralimpíadas, a seleção brasileira de futebol de cegos busca o hexacampeonato paralímpico nos Jogos de Paris 2024, cuja cerimônia de abertura acontece nesta quarta-feira. Sem saber o que é perder desde que a modalidade entrou no programa dos Jogos em Atenas 2004, o Brasil faz a sua estreia no dia 1º de setembro contra a Turquia, às 9h30 (horário de Brasília), com transmissão dos canais sportv.
Além dos turcos, os brasileiros terão como adversários na fase de grupos a dona da casa França (dia 2 de setembro, às 15h30) e a China (3 de setembro, às 13h30). As semfinais acontecerão no dia 5. Já a disputa do bronze e a grande final serão no dia 7.
Em 27 partidas realizadas em cinco edições das Paralimpíadas, o Brasil não sabe o que é derrota. Até o momento, foram 21 vitórias e seis empates, o que só aumenta o otimismo brasileiro, principalmente após os sete meses de concentração e treinamentos em João Pessoa.
- Para a gente, foi muito importante porque as outras seleções estão evoluindo demais e precisávamos evoluir junto, né? Estamos em um nível muito alto, mas a gente tinha de aumentar ainda mais esse nível - afirmou o goleiro Luan, que buscará o tricampeonato paralímpico pessoal.
Dono de quatro ouros em Paralimpíadas, o capitão Ricardinho também está confiante na busca pelo título. Eleito três vezes o melhor jogador do mundo (2006, 2014 e 2018), ele acredita que o período de treinamentos serviu para aprimorar as partes física e técnica do elenco.
- Tenho certeza de que essa estratégia foi a melhor. A gente adquiriu mais entrosamento, o Fábio (Vasconcelos, treinador) pôde trabalhar mais algumas questões táticas, algumas jogadas. E isso refletiu no nível físico da nossa equipe. Hoje, os dados da fisiologia mostram que estamos um time mais forte, há mais resistência, mais velocidade. Então, acho que chegaremos muito bem nesse torneio lá em Paris e queremos traduzir todo esse empenho em uma medalha de ouro - afirmou.
Os convocados
Dono de quatro ouros em Paralimpíadas, o capitão Ricardinho também está confiante na busca pelo título. Eleito três vezes o melhor jogador do mundo (2006, 2014 e 2018), ele acredita que o período de treinamentos serviu para aprimorar as partes física e técnica do elenco.
- Tenho certeza de que essa estratégia foi a melhor. A gente adquiriu mais entrosamento, o Fábio (Vasconcelos, treinador) pôde trabalhar mais algumas questões táticas, algumas jogadas. E isso refletiu no nível físico da nossa equipe. Hoje, os dados da fisiologia mostram que estamos um time mais forte, há mais resistência, mais velocidade. Então, acho que chegaremos muito bem nesse torneio lá em Paris e queremos traduzir todo esse empenho em uma medalha de ouro - afirmou.
Os convocados
O grupo de 10 jogadores (oito atletas de linha e dois goleiros) convocados pelo técnico Fábio Vasconcelos traz nomes consagrados da seleção como o próprio Ricardinho e o tetracampeão paralímpico Jeffinho. Os goleiros Luan e Matheus e os jogadores Tiago Paraná, Cássio, Jardiel e Nonato também são veteranos dos Jogos. Os jovens Jonatan Felipe e Maicon Júnior farão suas estreias em Paralimpíadas.
- Esse ciclo começou diferente, com a redução do tempo de jogo, o que, na minha opinião, atrapalhou bastante a seleção brasileira. E a gente começou a mudar um pouco o estilo de jogo, tem de ir mais para dentro, finalizar mais rápido. A gente perdeu a Copa América, ficou em terceiro no Mundial. E isso acabou acendendo o alerta - comentou Fábio.
Apesar de todas as dificuldades, o treinador está confiante em buscar o hexacampeonato paralímpico em Paris.
- Esse ciclo começou diferente, com a redução do tempo de jogo, o que, na minha opinião, atrapalhou bastante a seleção brasileira. E a gente começou a mudar um pouco o estilo de jogo, tem de ir mais para dentro, finalizar mais rápido. A gente perdeu a Copa América, ficou em terceiro no Mundial. E isso acabou acendendo o alerta - comentou Fábio.
Apesar de todas as dificuldades, o treinador está confiante em buscar o hexacampeonato paralímpico em Paris.
- A seleção permanente era um sonho meu, a Confederação conseguiu levar para o centro de referência em João Pessoa. Ficamos vários meses trabalhando diariamente, já vimos uma evolução dos atletas. E o objetivo não será diferente: vamos tentar essa medalha de ouro. E com certeza será uma das Paralimpíadas em que o Brasil vai chegar mais bem preparado - concluiu.
Jogos na Arena da Torre Eiffel
Não bastasse a expectativa pelo hexa brasileiro, os torcedores terão um ingrediente a mais para assistirem ao futebol de cegos nas Paralimpíadas de Paris. Assim como o vôlei de praia das Olimpíadas, a modalidade será disputada na icônica Arena da Torre Eiffel, localizada nas imediações do monumento mais famoso da França.
Jogos na Arena da Torre Eiffel
Não bastasse a expectativa pelo hexa brasileiro, os torcedores terão um ingrediente a mais para assistirem ao futebol de cegos nas Paralimpíadas de Paris. Assim como o vôlei de praia das Olimpíadas, a modalidade será disputada na icônica Arena da Torre Eiffel, localizada nas imediações do monumento mais famoso da França.
A arena tem capacidade para 13 mil torcedores e começou a ser erguida em março. A praça esportiva está localizada dentro do Campo de Marte, parque público que abriga a Torre Eiffel.
Nas Olimpíadas, o local viu as brasileiras Duda e Ana Patrícia conquistarem a medalha de ouro do vôlei de praia feminino. A decisão aconteceu no dia 9 de agosto, com vitória da dupla do Brasil sobre as canadenses Brandie e Melissa por 2 a 1.